Um Blog de Geografia que tem por finalidade informar e interagir sobre temáticas contemporâneas referente a pesquisa e ao ensino da geografia. Um espaço de diálogos para alunos e professores.
sábado, 9 de dezembro de 2017
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Divisão Regional Oficial de 1945
•Divisão
do IBGE; critérios
físicos – considerado mais estável;
•Cinco
regiões: Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, Leste e sul; Governo
Vargas.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
OS COMPLEXOS REGIONAIS
Regiões
Geoeconômicas de 1967, caráter
não-oficial desenvolvido por Pedro
Pichas Geiger. Os Critérios utilizados foram geográficos e econômicos.
•Três
unidades: Nordeste, Centro-Sul e Amazônia;
•Os
limites das regiões não coincidem os dos estados;
•Mais
aplicada ao estudo da formação do espaço brasileiro.
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS NO BRASIL
Deve-se
ao geógrafo Aziz Ab’Sáber a criação do modelo de classificação da paisagem
natural do Brasil, baseada em domínios. Estes são classificados de acordo com
semelhanças de relevo, clima, vegetação, solo e hidrografia de uma determinada
região.
O Domínio Amazônico- Relevo com
Predomínio de baixas Altitudes.
Clima: Equatorial Quente e
úmido; Vasta e rica bacia hidrográfica.
Elementos da paisagem- O mais
rico ecossistema do mundo.
Vegetação: Latifoliada
(folhas largas); Higrófila (de ambiente úmido); Perene
(sempre verde); Densa (fechada, muitas árvores por unidade de área).
Destaque para três graus de vegetação
da amazônia: Mata de igapó, Mata de várzea, mata de terra firme.
O Domínio do Cerrado- Formado
por Chapadas (Planaltos com ondulações).
Clima: Tropical
e semi-úmido; (verão chuvoso e inverno seco); Solo Ácido.
Vegetação: Arbustiva; Campos
Naturais;Árvores de Pequeno Porte; Matas ciliares.
Hidrografia: Bacia
Tocantins-Araguaia.
O Domínio do Caatinga- O
domínio da caatinga apresenta: Chapadas e depressões/terreno
pedregoso; Afloramento rochoso (inselbergs).
Clima: Tropical
e semi-árido; Altas temperaturas/ solo pouco profundo e incapaz de
reter água
Vegetação: Predominância de formação
vegetal adaptada ao calor e aridez (possuem
folhas pequenas e espinhentas),vegetação
rasteira.
Hidrografia: Marcada pela Bacia
do São Francisco; Importantes Hidrelétricas – Três Marias e Sobradinho.
O
Domínio das Araucárias- Relevo da região formado por serras
Clima: subtropical (quatro
estações do ano bem definidas)
Vegetação: relativamente
homogênea, Essa formação é também chamada de floresta Ombrófila
Mista.
Hidrografia: Bacia do Paraná
formada pelos rios Paranaíba, (GO/MG), Grande (MG/SP), Tietê (SP) e Paraná
(MS/SP/PR/Paraguai). Essa Bacia hidrográfica tem o maior potencial
instalado do país.
O Domínio de Mares e
morros: Sucessão de serras pertencentes ao planalto atlântico.
Clima: Tropical úmido.
Vegetação: Floresta Tropical de
encosta (mata atlântica).
O Domínio das Pradarias:
conhecido como pampa, Relevo planáltico de baixas ondulações.
Clima: subtropical.
Vegetação: de gramíneas, sendo predominante
é composta por ervas (herbáceas)
CICLO DA ÁGUA
O processo periódico de circulação da água, em diferentes fases, da atmosfera aos oceanos e aos solos, e à atmosfera novamente, denomina-se ciclo hidrológico. A presença de grandes quantidades de água líquida é uma das características mais importantes do planeta Terra, distinguindo-o dos demais planetas do sistema solar; o transporte e a distribuição de água constituem um fator fundamental em sua estabilidade climática. A existência de diferentes temperaturas e pressões na atmosfera e na superfície terrestres possibilita a constante mudança de fase da água, entre os estados sólido, líquido e gasoso, criando as condições necessárias para a existência da vida no planeta (Graedel e Crutzen, 1993). O ciclo hidrológico é um produto integrado do clima e dos atributos biogeofísicos da superfície terrestre e, simultaneamente, exerce uma influência sobre o clima que transcende as interações entre a umidade atmosférica, a precipitação e o escorrimento superficial (Hartmann, 1994). Este ciclo é a principal fonte de calor para a atmosfera, liberado em forma de calor latente, principalmente nos trópicos, através da condensação da umidade atmosférica na formação das nuvens.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
GLOSSÁRIO DE TERMOS BIOGEOGRÁFICOS
Abióticos: (A
=não, bio = vida) todas as influências que os seres vivos possam
receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou
físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento, etc.
(FIGUEIRÓ, 2015)
Agroecologia: estudo
da agricultura com uma perspectiva ecológica. Tem como unidades
básicas de análise os ecossistemas agrícolas, se fundamenta em um
conjunto de conhecimentos e técnicas que se desenvolvem a partir dos
agricultores e de seus processos de experimentação. (ALTIERI, 2012)
Biocenose: Grupo
de organismos que vivem intimamente associados e formam uma unidade ecológica
natural. (GRISI, 2007)
Biodiversidade: uma
diversidade ou um conjunto de formas de vida na terra, diversidade biológica, podendo
ser definida como a variabilidade entre os seres vivos de todas as
origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e
os complexos ecológicos. (Diegues AC, Arruda, 2000).
Bioma: Considerado
como um ambiente, este conceito é fundamentalmente ecológico, levando em
consideração não apenas o clima, mas também a altitude e as características do
solo. Ele considera todo o ecossistema. Na definição do (IBGE) é
um amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos
semelhantes de vegetação com diferentes tipos climáticos. (IBGE, 1999)
Biomassa:
Massa total composta de organismos vivos, úmida ou seca, por unidade de área
(m²) ou de volume (m³) em um determinado momento. Em geral utiliza-se mais
comumente a unidade de volume. (GRISI, 2007)
Biosfera:
compreende a troposfera, litosfera e hidrosfera, onde existe vida. A tênue
camada superficial da terra, na qual se processam todos os fenômenos vitais.
(GUERRA, 2008)
Bióticos: (bio
= vida) todos os elementos causados pelos organismos em um
ecossistema que condicionam as populações que o formam. (FIGUEIRÓ, 2015)
Biota: Termo
coletivo para referir-se às vida animal e vegetal de uma região. (GRISI, 2007)
Cadeia
trófica: ou cadeia alimentar é onde os organismos estabelecem
relação de alimentação em um ecossistema. A cadeia é composta por
produtores, consumidores e decompositores. (GRISI, 2007)
Conservação: é
o manejo dos recursos do ambiente, com proposito de obter-se mais alta
qualidade sustentável de vida humana. (ALTIERI, 2012)
Distribuição
Cosmopolita: diz-se que um grupo de seres
vivos que pode ser encontrado praticamente em qualquer lugar do mundo. Também
se fala, por exemplo, em gênero cosmopolita, família cosmopolita,
etc. (GRISI, 2007)
Ecologia: Ciência
que estuda todas as relações entre os organismos atuais e os ambienteis
envolventes, a distribuição dos organismos nestes ambientes, bem como da
natureza das suas interações. (GUERRA, 2008)
Ecoesfera: termo
utilizado, por alguns pesquisadores, para designar a terra como um grande
ecossistema. (GUERRA, 2008)
Ecossistema: é
um conjunto formado pelas interações entre componentes bióticos, como os
organismos vivos: plantas, animais e micróbios, e os componentes abióticos,
elementos químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. (GRISI,
2007)
Ecotono: É
uma área de tensão ecológica na qual um tipo de vegetação é gradualmente
substituído por outro, como por exemplo, florestas decíduas por estepes.
(GRISI, 2007)
Edáfica: relativo
ao solo, suas características nutricionais e consequente influência sobre os
seres vivos, particularmente as plantas. (FIGUEIRÓ, 2015)
Endemismo: inerente
a uma determinada área isolada, deferindo do que ocorre em outras áreas,
adjacentes ou não. Espécies endêmicas são aquelas originadas de determinado
ecossistema ou área isolada. (GRISI, 2007).
Espécie: A
espécie está na base da classificação dos seres vivos. Pode-se dizer que a
espécie é uma coleção de indivíduos que apresentam certo número de caracteres
constantes. Como ponto essencial, os indivíduos da mesma espécie, por mais
diferentes que possam ser entre si, são constantemente fecundos ao cruzar-se, e
seus produtos são indefinidamente fecundos; não podem cruzar-se de modo
habitual com os indivíduos de espécies vizinhas que vivem no mesmo habitat. (PASSOS,
2013)
Filogenético: relativo
à história evolutiva de um determinado grupo taxonômico. (GRISI, 2007)
Filogenia: Relação
de parentesco evolutivo entre os seres vivos. (GRISI, 2007)
Fitofisionomia: refere-se
à aparência de um certo tipo de vegetação, independente e composição
taxonômica, ou seja, refere-se a estruturação do ecossistemas, em termos de
seus estratos vegetativos. (GRISI, 2007)
Fitogeografia: estudo
da distribuição geográfica das plantas sobre a superfície terrestre. A
Fitogeografia pode compreender três abordagens: - um estudo descritivo da
distribuição dos diferentes vegetais; - uma análise das causas desta
distribuição, isto é, dos fatores do meio ambiente que interagem com o
vegetal; - um estudo da maneira segunda a qual as plantas se agrupam por
afinidades ecológicas para constituir em cada tipo de meio uma associação
ecológica. (PASSOS, 2013)
Fitogeográfico: é
um ramo da biogeografia responsável por estudar a origem,
distribuição, adaptação e associação das plantas de acordo com a localização
geográfica nas diversas regiões do globo conforme as zonas climáticas e
fatores que possibilitam a sua adaptação, principalmente fatores do meio
físico. (FIGUEIRÓ, 2015)
Fitomassa: é
biomassa dos vegetais. (GRISI, 2007)
Floresta:
como uma formação vegetal caracterizada por uma elevada densidade de árvores,
em que as copas se tocam ou se sobrepõem, cobrindo entre 90 % e 100 % do solo.
(PASSOS, 2013)
Geossistema: são
considerados fenômenos naturais, mas sua analise leva em consideração aspectos
sociais e econômicos. Os geossistemas são sistemas dinâmicos e com estágios de
evolução temporal, sob influência do homem. Resultam da combinação dos fatores
geomorfológicos, climáticos, hidrológicos e da cobertura vegetal. (GUERRA,
2008)
Geobotânica: ciência
que estuda a origem e a distribuição dos vegetais sobre a terra. Inclui a
fitogeografia, a fitoecologia e a fitossociologia. (Glossário geológico/IBGE,
1999).
Habitat: Local
onde vive determinada espécie. (GRISI, 2007)
Herbívoros: Animais
herbívoros são aqueles que consomem plantas vivas ou parte delas. adaptado para
comer material vegetal, por exemplo, folhagem.( GRISI, 2007)
Holoceno: quaternário
recente ou alvião em oposição ao pleistoceno ou quaternário antigo- ultimo
período do topo da coluna geológica. É também chamado de época pós-glacial.
(GUERRA, 2008)
Paleontogicos: termo
advindo da paleontologia: ciência que estuda os fósseis, isto é, os restos
ou vestígios de animais ou vegetais que viveram em tempos passados, e que se
conservaram nas rochas. (Glossário geológico/IBGE, 1999).
Seleção
natural: Conceito desenvolvido por Charles Darwin para
explicar a evolução biológica, segundo o qual nem todos os indivíduos de uma
população têm a mesma chance de sobreviver e de se reproduzir: levam vantagens
os mais bem adaptados ao ambiente. É um dos pontos principais da teoria
evolucionista. (GRISI, 2007)
Sinúsia: conjunto
de plantas de estruturas semelhantes, integradas por uma mesma forma de vida ecologicamente
homogênea. (Glossário geológico/IBGE, 1999).
Táxon: é
uma unidade taxonômica, essencialmente associada a um sistema
de classificação científica. (GRISI, 2007)
Taxonomia: uma
definição de grupos de organismos biológicos, com base em características
comuns e dá nomes a esses grupos sendo um processo que descreve a diversidade dos seres
vivos. Esse processo é feito usando artifícios como a classificação e
nomenclatura. (GRISI, 2007)
Terapsídeos: Foi
uma família de répteis carnívoros que dominou a superfície da terra antes dos
dinossauros. (GRISI, 2007)
Vegetal
isósporo: vegetal que produz esporos masculinos e
femininos similares. (Glossário geológico/IBGE, 1999).
Referências
ALTIERI, Miguel. Agroecologia:
bases científicas para uma agricultura sustentável -3. ed. rev. ampl.- São
Paulo , Rio de Janeiro: expressão popular, AS- PTA 2002.
Classificação dos
sistemas ecológicos, In: Vegetação e zonas climáticas. Walter, H, EPU, 1986-
(p. 1-16).
Diegues AC, Arruda RSV
(orgs.) Saberes tradicionais e biodiversidade no Brasil. Brasília:
Ministério do Meio Ambiente; São Paulo: USP, 2000.
Elementos de
Biogeografia Cultural. In: Biogeografia, dinâmica e conservação da natureza.
Figueiró, A. Oficina de textos, 2015(p.209- 268).
GUERRA, Antônio
Teixeira. novo dicionário geológico- geomorfológico. – 6° ed.- Rio de
Janeiro: Bertrand, 2008.
Glossário geológico/
IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. – Rio de Janeiro:
IBGE, 1999.214 p.
GRISI, Machado
Breno. Glossário de Ecologia e Ciências Ambientais. – 3° ed.- João pessoa
2007.
Introdução ao estudo da
Biogeografia. In: Biogeografia, dinâmica e conservação da natureza. Figueiró,
A. Oficina de textos, 2015(p.13-58).
Padrões de biodiversidade.
In Biogeografia uma abordagem ecológica e evolucionista; Cox, C; Moore, P.;
LTC, 2009.
PASSOS, Messias. M.
dos. Biogeografia e paisagem. 2.ed.- Maringá : [s.n.], 2003.
Questões do Enem relacionado à biogeografia
domingo, 6 de agosto de 2017
sábado, 5 de agosto de 2017
segunda-feira, 31 de julho de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
Antonio Carlos Robert Moraes
Antonio Carlos Robert Moraes, um geografo de
destaque no Brasil. Formado pela USP, onde
obteve o mestrado, doutorado, posteriormente,
a livre-docência. Trabalhava as áreas de Metodologia e História da
Geografia, tendo publicado mais de uma dezena de livros sobre o tema. Também
atuava no campo das políticas territoriais no Brasil e no exterior, sendo
consultor do Estado e de órgãos governamentais, com destaque para programas de
ordenamento territorial de áreas litorâneas (tendo estabelecido a metodologia
dos Programas Nacionais de Gerenciamento Costeiro do Brasil e de
Moçambique). Produziu
inúmeras obras dentre essas: Gênese da Geografia Moderna;
Geografia Crítica - A Valorização do Espaço (com Wanderley Messias da
Costa); Geografia Histórica do Brasil: Capitalismo, Território e
Periferia; Geografia : Pequena História Crítica.; Ideologias
Geográficas; Meio Ambiente e Ciências Humanas; Território e História
no Brasil; Território na Geografia de Milton Santos. O
professou Faleceu em 16 julho de 2015.
sábado, 29 de julho de 2017
Desigualdades sociais
O conceito de desenvolvimento
não é meramente quantitativo, mas compreende os aspectos qualitativos, dos
grupos que a concerne. Crescer é uma coisa; desenvolver é outra. Crescer é em
linhas gerais fácil. Desenvolver equilibradamente, difícil. Tão difícil que
nenhum pais do mundo conseguiu ainda. Desta perspectiva. O mundo todo continua
mais ou menos subdesenvolvido. (CASTRO, 1984, pg.102)
Segregação urbana - segregação socioespacial.
Manuel Castells analisa
o processo de segregação sócio-espacial como reflexo da distribuição espacial
das diversas classes sociais, de acordo com o nível social dos indivíduos,
sendo que esta tem determinações políticas, econômicas e ideológicas.
Santos (1981) já
definia a periferia não apenas do ponto de vista morfológico, mas mostrava seu
menor grau de coesão ou participação na estruturação da cidade e lhe atribuía
um conteúdo social muito peculiar, quando tratava das cidades localizadas em
países subdesenvolvidos.
Martins adverte para a
impropriedade do uso indiscriminado do conceito de periferia e distingue-o do
conceito de subúrbio:
A concepção de subúrbio
cedeu lugar, indevidamente, à concepção ideológica de “periferia”, um produto
de neopopulismo cuja elaboração teve a contribuição do próprio subúrbio para
distinguir-se dos deteriorados extremos de uma ocupação antiurbana do solo
urbano, para distinguir-se do amontoado de habitações mal construídas,
precárias, provisórias, inacabadas, sem infra-estutura que começaram a se
disseminar. [...]
O subúrbio é a negação
da periferia. É, aliás, por excelência, o espaço da ascensão social, diferente
da periferia que é o espaço do confinamento nos estreitos limites da falta de
alternativas de vida. [...]
O problema da periferia
é o do desenvolvimento econômico. O problema do subúrbio é o do desenvolvimento
social, o da realização ampla das promessas de desenvolvimento econômico que o
subúrbio já conheceu. (Martins, 2001, p. 78-79).
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